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Notícia: Kodak - Falência e história

A longa batalha da Eastman Kodak chega a um momento histórico de recolhimento para reconfiguração interna. A empresa fundada há 131 anos desempenhou um papel crucial na fotografia ao levar tornar as máquinas acessíveis para pessoas comuns - algo que aplicativos reconfiguram em nossos celulares quase diariamente. No entanto, mesmo criando a primeira máquina digital, a Kodak nunca conseguiu o controle do mercado em tempos virtuais. 


Veja um infográfico da Info sobre fotografia passando pela primeira câmera em 1975, Marimoon e suas fotos virtuais em 2002 e as notícias fotografadas por amadores em redes sociais. 


1900: Anúncio Publicitário da Kodak com a "Garota Kodak" 
A Kodak entrou com um pedido voluntário de concordata nos Estados Unidos para reorganizar os seus negócios, de acordo com um comunicado disponibilizado no site oficial da empresa.

Com o pedido, a Kodak tenta garantir um tempo para a empresa se reorganizar financeiramente sem precisar paralisar os negócios e prejudicar seus 17 mil funcionários, que continuarão recebendo salários, enquanto a empresa continuará oferecendo seus serviços e produtos.

Durante o período de reoganização, a empresa tentará levantar recursos com a venda de patentes e ativos para pagar suas dívidas com credores. A empresa fechou um acordo com o Citigroup de um crédito de US$ 950 milhões para serem pagos em 18 meses, mas o negócio só será concretizado com autorização da Corte dos EUA.

De acordo com o comunicado postado no site da empresa, a expectativa é que a Kodak consiga se reestruturar para negócios nos Estados Unidos até 2013.

A Kodak possui diversas patentes relacionadas a captura de fotos digitais, e, nas últimas semanas, começou a entrar com processos contra empresas que violaram sua propriedade intelectual, incluindo Fuji e Apple.

Um pedido de falência da Kodak já era esperado no mercado. Nos últimos meses, as ações da empresa desvalorizaram mais de 90%, chegando a valer US$ 0,46 no começo deste ano.

Fundada em 1888 em Rochester, Nova York, a Kodak foi pioneira na produção de filmes fotográficos e lançou a primeira câmera digital do mercado, em 1991. Porém, a empresa foi superada por concorrentes e não conseguiu acompanhar o desenvolvimento do mercado de fotos digitais.

O grande mérito de seu fundador, George Eastman, foi popularizar algo que até então era circunscrito apenas a especialistas. O que antes era para poucos, em menos de 25 anos foi adotado pelas grandes massas. Ao longo de boa parte do século 20, a Kodak foi sinônimo de fotografia. O modelo de negócios que sustentou a empresa, por décadas, no grupo das marcas mais notáveis do mundo dos negócios, era baseado em filmes fotográficos. Para ter uma ideia, as câmeras tinham margem financeira de 5%, enquanto os filmes deixavam em caixa cerca de 70%. Até que, no final do século passado, a Kodak foi atropelada pela era digital e, desde então, agoniza em praça púbica. 

Em 2005, a empresa contratou como presidente o executivo Antonio Perez, que entrou na empresa depois de comandar o negócio de impressoras da Hewlett-Packard. Este segmento foi a última tentativa de reinvenção da companhia, mas se provou cara demais, enquanto as vendas de filmes despencaram drasticamente.

Quando lançou o modelo de câmera Instamatic, nos anos 1960, a empresa praticamente subsidiou o equipamento aos consumidores para vender filmes. E os filmes eram baratos para poder vender a revelação. 

No entanto, no mundo virtual, outra tendência não captada (completamente) pela Kodak se intensificou: menos importância ao produto, mais ao conteúdo e ao relacionamento. A palavra-chave é experiência. Na verdade, a Kodak até tentou: criou câmeras digitais com um botão "compartilhar" para a fotografia circular automaticamente na web. O mais irônico disso é que durante a pesquisa para esse post (que tem colagens de diversos sites) encontramos notícias que afirmavam: "agora é a era do compartilhamento" pelo fato da Kodak aderir a esse botão, quando esta ação da empresa, mesmo reafirmando a era que vivemos, é primeiramente uma tentativa de sobreviver, de "refashion". 

Se George Eastman conseguiu a façanha de popularizar o ato de fotografar em 1888, a era digital foi mais longe nesse processo, tornando ainda mais acessível essa experiência e transferindo às pessoas­ a capacidade de capturar quantas imagens quiserem. O fenômeno das redes sociais exacerbou isso com a avalanche de compartilhamento de fotos e aplicativos como o Instagram que tornou-se popular com o Iphone e agora com o sistema Android nos celulares. O Instagram é uma rede social onde cada usuário posta fotos de seu cotidiano com filtros semelhantes ao de câmeras instantâneas antigas. 


Veja a história da Kodak em fotos

Fonte: http://olhardigital.uol.com.br , Guardian.co.uk, Folha.com e Meioemensagem.com.br


POSTED BY Alan Manga
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